No êxodo, a glória de Deus tocou a face do solo do até então poderoso e proeminente Egito. Naqueles dias, tratava-se, para muitos, de um inabalável refúgio. Contudo, diante do Rei da Glória as mais intransponíveis fortalezas são tão estáveis como o monte de palha, espalhado pelo vento. O poder do Criador dos céus e da terra ergueu-se único, sobremodo elevado, e durante os dias do êxodo de seu povo, contrastou com o mais tenebroso engano (Ex 7:22). Os deuses egípcios foram inescapavelmente derrotados. Não foram capazes de livrar nem a si próprios. As dez pragas foram dolorosamente dirigidas contra a essência da falsa religião, os ídolos. Quando o braço do Onipotente atua, nada o detém. A primeira praga, a transformação do Nilo e de todas as águas do Egito em sangue, segundo o relato de Êxodo 7:14-25, foi uma ofensa a Hápi, um ídolo que personificava as águas do rio durante a inundação anual, mas que não salvou nem o mais tenro peixe. Trocar o Senhor por outros deuses é insensatez porque o Senhor não deixará impunes os adoradores de falsos deuses. Deus requer ser adorado com exclusividade. O primeiro mandamento da lei de Deus é claro: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). O segundo mandamento é categórico: “Não farás para ti imagem de escultura [...]. Não as adorarás” (Êx 20.4,5). Aqueles que incorrem nessas transgressões atrairão sobre si mesmos justo juízo e sofrerão muitas penas. Deixaram o Egito 603.550 homens com 20 anos ou mais, todos os capazes de sair à guerra, e seguramente puderam afirmar: vimos a glória de Deus. Contudo, apenas 2 deles caminharam pela terra prometida, onde encontraram descanso: Josué e Calebe. Os demais, foram, um a um, derrotados pela sua rebeldia contra a santidade e grandeza de Deus, ficando pelo deserto. Ao longo dos 40 anos de peregrinação a idolatria consumiu aquele povo (Am 5:25-26), e os ídolos diante dos quais se dobraram nada puderam fazer. Os falsos deuses não têm poder para salvar. Eles precisam ser servidos, mas o Deus verdadeiro não é servido por mãos humanas. Esses deuses precisam de oferendas, mas o Deus verdadeiro de nada precisa, antes é ele quem a todos dá vida, respiração e tudo mais. Nele vivemos, nos movemos e existimos. Ele é o criador, o provedor e o redentor. E fora dele não há salvação. Podemos testemunhar muitos sinais maravilhosos. Entretanto, apenas a graça é poderosa o suficiente para quebrar nossos corações idólatras, abrindo nossos olhos para grandeza do Senhor Jesus, o único que livra ! O soerguimento de ídolos em nossos corações não é algo repentino, mas paulatino, sorrateiro. A partir de pequenas e aparentemente inofensivas concessões, muitos têm perdido o Senhor de vista sem nem se dar conta. Os ídolos são um laço para a alma, entenebrecem a mente, calcificam a consciência e endurecem o coração. Lembre-se que muitas serão as penas dos que trocam o Senhor por outros deuses. Faraó perdeu sua hegemonia, seus bens, seu primogênito e foi engolido pela fúria das águas. Onde estavam seus deuses ? Afinal, se eram poderosos, por quê nada puderam fazer ? Porque eram falsos ! Há ídolos em seu coração querido(a) leitor(a) ? Da riqueza, à viagem dos sonhos. Do diploma, ao tão sonhado imóvel. Do melhor emprego, ao aparente melhor projeto de vida. Amizades, locais, bens, ou até nós mesmos podemos nos tornar em ídolos. A que você dedica seu tempo ? Onde deposita sua esperança ? O que o(a) move a acordar todos os dias e envolver-se em tantas atividades ? Lembre-se que os ídolos não prometem : " buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas ". Precisamos nos lembrar que a efêmera neblina que somos, passa. Precisamos servir verdadeiramente o Senhor ! Se hoje encerrarem os seus dias deste lado da eternidade, qual seria seu fim , céu ou inferno ? Salvação ou perdição ? Abundante alegria ou amarga angústia ? Se arrependa de ir após outros deuses e volte para o Deus verdadeiro. Que o busquemos enquanto podemos achá-lo e que o invoquemos enquanto Ele está perto. Do contrário, o alerta divino está posto diante de nós: “Muitas serão as penas dos que trocam o Senhor por outros deuses” (Sl 16.4) 
Livre-se dos ídolos, sirva ao Deus verdadeiro!

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